A Copa do Mundo está rolando no Catar, mas a realização do evento no país está sendo bastante criticada por todo o mundo e muito vem se falando do tratamento que o país dá às mulheres em seu território.

Diante disso o Barril foi atrás de Gilberte Lucas e conseguiu entrevista com ela que é presidente da Fundação Hospitalar em Feira de Santana e, além de muitas outras qualificações, uma das maiores defensoras do empoderamento feminino é da valorização da mulher na Bahia.

O BARRIL QUIS SABER:

• QUAIS FORAM OS MAIORES DESAFIOS DA SUA CARREIRA?

"O líder, além de um monte de outras coisas, é o maior exemplo do resto do time. Se ele não está realmente com vontade de desenvolver um projeto, dificilmente a equipe estará. Essa responsabilidade pesa e foi o primeiro desafio. Precisamos sempre trabalhar com motivação e trazer esse resultado pra toda equipe. Nosso maior desafio na gestão pública na área de saúde é conseguir o equilíbrio entre a necessidade da população, demanda e dificuldades enfrentadas. Precisamos identificar a real necessidade e planejar com metas."

• EM ALGUM MOMENTO O FATO DE SER MULHER ATRAPALHOU SUA TRAJETÓRIA PROFISSIONAL?

"Não mesmo! Desde cedo comecei a trabalhar com todos os meus objetivos. Busquei meu espaço degrau por degrau. São 16 anos de gestão pública, comecei como estagiária no Cleriston Andrade, me formei em Administração, fiz especialização em administração hospitalar, marketing e gestão pública. Fiz um segundo curso que foi Direito e me especializei na área de direito público. Busco mostrar que o mérito e o empenho não dependem de gênero."

• COMO VOCÊ VÊ A ACEITAÇÃO DO MERCADO COM A ENTRADA DE MULHERES EM CARGOS DE LIDERANÇA?

"Crescente. Sabemos que hoje os homens ainda possuem espaço maior, mas a cada ano que passa nós, mulheres, estamos alcançando liderança não só na área de gestão pública mas lideranças nas empresas privadas. Além disso, a liderança feminina é, acima de tudo, uma forma de representatividade. Isto porque líderes femininas inspiram outras mulheres à possibilidade de alcançar posições maiores profissionalmente. Dessa forma, para aumentar o número de lideranças femininas nas empresas é preciso ir contra todo um padrão cultural e histórico."

• VOCÊ CONSIDERA QUE HOMENS E MULHERES SÃO, DE FATO, DIFERENTES NA FORMA DE GERIR OS NEGÓCIOS?

"Acredito na soma. Cada um tem sua personalidade. Não devemos pensar em competição e sim no princípio de trabalhar com união; cada um buscando seu espaço de forma colaborativa."

• QUAL SUA OPINIÃO SOBRE MOVIMENTOS DE EMPODERAMENTO FEMININO E IGUALDADE SALARIAL?

"Podemos dizer, então, que o empoderamento feminino é um esforço coletivo para promover a independência das mulheres, dando-lhes mais poder político, social e econômico. Entendo que o tema é importante e deve ser discutido constantemente dando uma maior oportunidade as mulheres em toda história, não só no espaço das empresas, mas na área política também!" – Finalizou nossa entrevistada.

Resta claro que o mundo está acordando para a desigualdade que há muito tempo o permeia. Hoje não há espaço para desigualdade de gênero e a pressão mundial exercida no país que sedia a copa é uma prova de quem o mundo já vem entendendo isso. E entender que algo ESTÁ ERRADO já é o primeiro passo para se mobilizar a mudar. 

FONTE: @barrilfsa

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