sábado, 5 de novembro de 2022

A Polícia Civil investiga uma troca de corpos no necrotério do Hospital Aristides Maltez (HAM), em Salvador.


 A Polícia Civil investiga uma troca de corpos no necrotério do Hospital Aristides Maltez (HAM), em Salvador, depois que uma família quase enterrou uma mulher desconhecida como se fosse parente. O caso foi registrado na delegacia de Simões Filho, na região metropolitana.


A história teve início no velório da diarista Suelene Araújo Oliveira, 49 anos. Ela faleceu na última quinta-feira (3), dois meses depois de descobrir um câncer em estágio avançado. A doença começou no fígado, mas evoluiu até ser configurada a metástase.
Após o falecimento, um corpo que seria de Suelene foi liberado no necretório do HAM. O reconhecimento do cadáver foi feito pela ex-cunhada da diarista, Jaqueline Silva, que estranhou o inchaço no corpo e não encontrou semelhança com o da diarista.

De acordo com Jaqueline, um funcionário da funerária chegou a dizer que a diferença física poderia ter sido causada por deformações associadas ao excesso de líquido e medicações. "Eu estava muito abalada, mas deveria ter prestado mais atenção e olhado. Não achei ajuda do funcionário do próprio hospital", denuncia a ex-cunhada. O corpo trocado foi encaminhado para Simões Filho, cidade a cerca de 28 quilômetros de distância, onde foi organizado o sepultamento.

Amiga buscou cicatriz no corpo
A família velou o corpo da mulher desconhecida durante toda a madrugada de quinta (3) até a manhã da sexta (4). Desconfiada, uma amiga que conhecia a diarista há mais de 30 anos decidiu retirar as flores que cobriam o corpo e verificar cicatrizes (uma na barriga e duas marcas de cesarianas). "Quando procurei a marca da cirurgia, não estava. Procurei a marca da cesárea e também não estava", comentou Cristina Mendes, a amiga que ajudou a desvendar a situação.

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